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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dilma recua e não fala em golpe durante discurso na ONU

Presidente discursou em evento de assinatura do acordo do clima de Paris.
Ela disse país tem 'pujante democracia' e povo 'saberá impedir retrocessos'.

Do G1, em Brasília









A presidente Dilma Rousseff recuou e não se disse vítima de um "golpe parlamentar" no Brasil ao discursar nesta sexta-feira (22) perante chefes de Estado mundiais na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Praticamente todo o seu discurso foi sobre clima. Apenas nas cinco frases finais, Dilma disse que o Brasil vive atualmente um "grave momento", com uma sociedade que construiu uma "pujante democracia" e que o povo saberá "impedir quaisquer retrocessos".

Alvo de um processo de impechment no Congresso Nacional, a presidente chegou a cogitar nos últimos dias, segundo assessores do Palácio do Planalto, denunciar durante seu discurso na ONU que é vítima de um "golpe parlamentar" no Brasil.
Diante dessa possibilidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal Celso de Melo, Dias Toffoli e Gilmar Mendes refutaram a tese da presidente, atestando que há base legal para o processo de afastamento que tramita no Legislativo.
"Há um equívoco quando [Dilma] afirma que há um golpe parlamentar, ao contrário. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, deixou claro que o procedimento destinado à abertura do processo de impeachment observa os alinhamentos ditados pela Constituição da República", disse Celso de Mello.

A presidente gastou quase toda a sua fala de 8 minutos e 42 segundos com considerações sobre o acordo climático e apenas mencionou a situação política em sua conclusão: "Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade", afirmou a presidente em discurso na solenidade de assinatura do acordo do clima de Paris.

Nas entrevistas em que dará nesta sexta, é possível que Dilma fale sobre a situação política brasileira, como fez em entrevistas desde segunda-feira, um dia depois de a Câmara dos Deputados autorizar, com 367 votos (25 a mais que o necessário), o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente.

Dilma desembarcou em Nova York na noite desta quinta (21). Ao chegar na residência oficial do embaixador do Brasil na ONU, Antônio Patriota, manifestantes contrários ao processo de impeachment a aguardavam para demonstrar solidariedade e apoio à petista. Nesta sexta (22)houve manifestações contra e a favor de Dilma nas proximidades da ONU antes de seu discurso.
Segundo a assessoria da Presidência, a presidente deve retornar ao Brasil neste sábado (23). Antes de voltar ao país, ela deve conceder entrevistas para a imprensa.

Nesta sexta, o jornal norte-americano “New York Times” publicou uma entrevista com o vice-presidente da República, Michel Temer, no qual ele disse estar “muito preocupado” com a tese de Dilma de dizer que o processo de impeachment é um golpe.

Segundo o colunista do G1 e da GloboNewsGerson Camarotti, embora a ideia inicial de Dilma fosse denunciar o “golpe” na ONU, nesta quinta (21) assessores próximos da presidente ponderaram que não seria adequado ela fazer um discurso de conteúdo político para uma plateia técnica, formada por líderes mundiais que negociaram o acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
Acordo do clima
Nesta sexta-feira, líderes mundiais se reuniram na sede da ONU para assinar o acordo sobre mudanças climáticas elaborados no ano passado, em Paris, durante a COP 21. Para que as metas estipuladas se tornem lei, o governo de cada país deverá articular a aprovação das regras junto aos seus parlamentos.

O acordo envolve, por exemplo, a redução da emissão de gases do efeito estufa, a adoção de matrizes energéticas mais limpas e o reflorestamento de áreas verdes desmatadas.
Em seu discurso para a comunidade internacional, que durou cerca de dez minutos, Dilma Roussef afirmou que as metas do Brasil até 2030 são: reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa; zerar o desmatamento na Amazônia; reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; integrar 5 milhões de hectares na relação lavoura-pecuária-florestas; e adotar 45% de energias renováveis na matriz energética.

"Países em desenvolvimento, como o Brasil, têm apresentado resultados expressivos na redução das emissões [de gases] e se comprometido com metas ambiciosas. O desafio é enfrentar as mudanças climáticas. [...] E isso exige, de forma continuada, a mobilização e a implementação dos meios adequados para que os países em desenvolvimento tenham o suporte necessário e contribuam para os esforços globais", declarou a presidente na solenidade da ONU.
Leia a íntegra do discurso de Dilma na ONU:
Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,
Senhor presidente da França e presidente da COP21, presidente François Hollande,
Senhoras e senhores chefes de Estado e de governo participantes dessa cerimônia de assinatura do Acordo de Paris,
Senhoras e senhores integrantes de delegações,
Senhoras e senhores,
Com imensa honra e emoção, venho a Nova Iorque, hoje, no Dia da Terra, assinar o Acordo de Paris sobre a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, um acordo universal.
Sua conclusão exitosa, em dezembro de 2015, representou um marco histórico na construção do mundo que queremos: um mundo de desenvolvimento sustentável para todos, com o cumprimento das metas estabelecidas na Agenda 2030. O êxito deve muito à atuação do governo francês, à judiciosa e paciente construção do acordo pelo presidente François Hollande e também ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Tenho orgulho do trabalho desenvolvido pelo meu governo e pelo meu país para que, coletivamente, chegássemos a esse acordo. Tenho orgulho de nossa contribuição e da contribuição de todos os países e da sociedade internacional. Agradeço o esforço e o trabalho incansável da equipe de negociadores do Brasil, chefiada pela nossa ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Nós, países participantes, demos respostas firmes e decisivas aos imensos desafios apresentados pela construção de um amplo consenso, consenso necessário para o enfrentamento das mudanças do clima.
Hoje, ao lado de todos os chefes de Estado e de governo aqui presentes, assumo o compromisso de assegurar a pronta entrada em vigor do Acordo no Brasil e mais uma vez saúdo a todos por essa histórica conquista da humanidade.
O caminho que teremos de percorrer agora será ainda mais desafiador: transformar nossas ambiciosas aspirações em resultados concretos. Realizar os compromissos que assumimos irá exigir a ação convergente de todos nós, de todos os nossos países e sociedades, rumo a uma vida e a uma economia menos dependentes de combustíveis fósseis, dedicadas e comprometidas com práticas sustentáveis na sua relação com o meio ambiente.
Países em desenvolvimento, como o Brasil, têm apresentado resultados expressivos na redução das emissões e se comprometeram  com metas ainda mais ambiciosas.
O desafio de enfrentar a mudança do clima torna imprescindível o aumento progressivo do nível de ambição dos países desenvolvidos. Exige, de forma contínua, a mobilização de meios de implementação adequados, para que os países em desenvolvimento tenham suporte e sigam contribuindo para os esforços globais de mitigação e adaptação.
É fundamental ampliar o financiamento do combate à mudança do clima para além do compromisso de US$ 100 bilhões anuais.
É indispensável criar meios de reorientar os fluxos financeiros internacionais de modo permanente para apoiar ações que representem soluções para o problema global e promovam também benefícios de adaptação, saúde pública e desenvolvimento sustentável.
É necessário, ainda, que o setor privado desenvolva um esforço robusto de redução de emissões.
Senhoras e senhores,
Ao reiterar o compromisso do Brasil com os objetivos do Acordo de Paris, quero assegurar que estamos perfeitamente cientes que firmá-lo é apenas o começo.  A parte mais fácil.
Meu país está determinado a intensificar ações de mitigação e de adaptação. Anunciei aqui, durante a Cúpula da Agenda de Desenvolvimento 2030, a contribuição brasileira de 37% de redução dos gases de efeito estufa até 2025, assim como a ambição de alcançarmos uma redução de 43% até 2030 – tomando 2005 como ano-base em ambos os casos.
Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia e vamos neutralizar as emissões originárias da supressão legal de vegetação. Nosso desafio é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e outros 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. Promoveremos também a integração de 5 milhões de hectares na relação lavoura-pecuária e florestas.
Todas as fontes renováveis de energia terão sua participação em nossa matriz energética ampliada até alcançar 45% em 2030.
Continuaremos contando com a contribuição e a participação de todos os setores de nossa sociedade, que estão conscientes da amplitude do desafio, e com a necessidade de deixar este legado às futuras gerações.
Senhoras e senhores,
Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas porque sabe que os riscos associados aos efeitos negativos recaem fortemente sobre as populações vulneráveis de nosso país e do mundo quando nós não tomamos medidas corretas para a contenção da mudança do clima.
Essa preocupação deve ser compartilhada agora e por todos nós. Sem a redução da pobreza e da desigualdade não será possível vencer o combate à mudança do clima. E esse combate tampouco pode ser feito à custa dos que menos têm e menos podem.
Essa é uma das razões pelas quais o conceito de desenvolvimento sustentável precisa ser referência permanente de nosso projeto comum. Incluir, crescer, conservar e proteger: eis a síntese alcançada na Conferência Rio+20, realizada no Brasil em 2012.
Senhoras e senhores,
Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos.
Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade.
Muito obrigada.

Dilma exonera Braga e Barbalho


Dilma exonera Braga e Barbalho
 A presidente Dilma Rousseff exonerou nesta sexta-feira (22) os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, ambos do PMDB, que entregaram suas cartas de demissão na última quarta (20). Para o lugar deles, foram nomeados, respectivamente, os ministros Marco Antônio Martins de Almeida e Maurício Muniz Barreto de Carvalho.

No "Diário Oficial da União" desta sexta também foram publicadas as nomeações dos novos ministros das Cidades, Inês da Silva Magalhães, que assume no lugar de Gilberto Kassab (PSD), e do Turismo, Alessandro Teixeira, para a vaga de Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Nos casos de Eduardo Braga, Helder Barbalho e Henrique Alves, os três decidiram entregar os cargos em razão de o PMDB ter aprovado, no mês passado, o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, também deixaram o Executivo Mauro Lopes (Aviação Civil) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

Até a decisão sobre o desembarque do governo, o PMDB comandava sete dos 32 ministérios e, atualmente, dois peemedebistas ainda permanecem à frente das pastas: Marcelo Castro (Saúde) e Kátia Abreu (Agricultura).

Já no caso de Gilberto Kassab, o ex-ministro das Cidades entregou sua carta de demissão após a bancada do PSD na Câmara decidir votar a favor do impeachment de Dilma.

Ministros interinos Mesmo com a nomeação dos quatro novos ministros nesta sexta, outras cinco pastas ainda estão sob o comando de chefes interinos: Casa Civil, Esporte, Ciência e Tecnologia, Integração Nacional e Aviação Civil.


G1

Efraim diz que escândalo envolvendo Lagoa e indiferença com Turismo descredenciam Cartaxo à reeleição


Efraim diz que escândalo envolvendo Lagoa e indiferença com Turismo descredenciam Cartaxo à reeleição
O deputado federal Efraim Filho, do DEM, descredenciou, em entrevista, nesta sexta-feira (22), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), para uma eventual reeleição devido ao saldo negativo que, segundo ele, o gestor contabiliza ao final do primeiro mandato.

“Eu acredito que o prefeito Luciano Cartaxo chega ao último ano de mandato devendo. Devendo para a sociedade. A balança da gestão é muito deficitária, entre o que foi feito e o que se deixou de fazer, o peso é muito maior para o que se deixou de fazer”, analisou.

Segundo o parlamentar, Cartaxo, que foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores, está com um saldo negativo, principalmente em face dos escândalos envolvendo as obras da Lagoa do Parque Solon de Lucena, em que a Controladoria Geral da União detectou indícios de desvios milionários. Outro ponto negativo que corrobora para a tese da não reeleição, citado por Efraim, foi o baixo investimento no potencial turístico da Capital .

“Eu cito como exemplo a questão do turismo que é um dos grandes geradores de emprego e renda. Todos vimos um vereador, como foi o caso de Bruno Farias, que deixou a secretaria de turismo porque o governo cortou todas as verbas e recursos na área, e isso foi amplamente divulgado. Então perguntamos como é que a indústria branca de João Pessoa, que é o turismo, que mexe com toda a economia, desde a hora que se chega no aeroporto com taxistas, até os hotéis, os comércios, os restaurantes, os garçons, é esquecido. O trade turístico acaba sendo desestimulado por uma ação do prefeito”, lamentou.

No tocante às obras da Lagoa, que estão sob suspeitas, Efraim acredita que o prefeito deixou a desejar.

“Cartaxo deixou a desejar, veja a infraestrutura com a questão da lagoa é um símbolo negativo do governo e ele chega numa situação delicada, que acaba fortalecendo as candidaturas da oposição”.

Em 2012 Efraim Filho disputou a vice-prefeito de João Pessoa na chapa encabeçada pela socialista Estela Bezerra. À época a chapa ficou em terceiro lugar, perdendo para a chapa tucana encabeçada por Cícero Lucena (PSDB) e para a chapa do atual prefeito Luciano Cartaxo (PSD).




PB Agora

Professor paraibano aplica provas vestido de Darth Vader

Professor fantasiado em sala de aula
Como se as provas não já fizessem parte do lado negro da força, tem professor por aí vestido de Darth Vader na sala de aula. Mas calma, é por uma boa causa. “O intuito de encarnar o lado “vilão” é aliviar a tensão da prova”, conta Lamartine Lacerda, de 42 anos, que leciona Direito Penal e Processo Penal em uma universidade em Campina Grande, na Paraíba.
A ideia veio há cerca de dois anos, quando começou a dar aulas de disciplinas consideradas tão densas por alunos e corpo docente. “No começo, os alunos ficam surpresos, mas sempre encaram com bom humor. Pedem para tirar foto e é sempre muito engraçado”, explica.
Precisa dizer que ele é um fã de Star Wars? “Sou aficionado pela série. Coleciono bonecos, canecas, camisetas, livros e já perdi as contas de quantas vezes assisti o filme. Fui levado pelo meu irmão para ver “O Império Contra Ataca“, o primeiro que assisti, ainda criança. Fiquei fascinado”, disse Lamartine.
No dia da estreia de “O Despertar da Força“, em dezembro de 2015, o professor conta que precisou aplicar prova e quase não se aguentou de tanta ansiedade: “Quase tive um troço. Só assisti dois dias depois e minha esposa ainda teve que aguentar e ver outras duas vezes”.
NE10

Acidente na BR-101 próximo ao Conde deixa um morto

fafdssad
Um homem morreu durante um grave acidente na noite desta quinta-feira (21) no KM-92 da BR-101. De acordo com a polícia, a vítima seguia em um Fiat Strada no sentido Recife/João Pessoa quando colidiu na traseira de um caminhão.
Equipes do Samu e Corpo de Bombeiros foram acionadas para fazer o socorro da vítima, mas ao chegar ao local nada pôde ser feito.
Por causa da gravidade dos ferimentos, o homem não resistiu e morreu. A vítima foi identificada como José Lisboa Ferreira. Ele tinha 53 anos.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Renan critica possível 'paralisia' no Congresso até impeachment

Presidente do Senado rebate declaração de Cunha dada um dia antes.
Renan diz que, 'quanto mais o deputado tentar interferir', 'só vai atrapalhar'.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou nesta quarta-feira (20) as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que cobrou celeridade na tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e disse que, quanto mais o deputado “tentar interferir”, “só vai atrapalhar".
Na terça (19), diante da decisão do presidente do Senado de marcar a eleição da comissão especial que analisará o caso para a semana que vem, Cunha afirmou que a demora no desfecho do impeachment poderia “causar muitos prejuízos” ao país. Ele disse ainda que previa uma paralisia no Congresso Nacional até o Senado decidir sobre o processo.

“Nesta semana, não vamos ter votação. Semana que vem, o governo não é reconhecido pela Casa. O que vai acontecer a partir da semana que vem: nós temos uma ‘ainda’ presidente da República e ninguém vai reconhecer absolutamente nada para efeito de matérias. Então, há uma paralisia do Congresso Nacional até o Senado decidir. É isso que vai acontecer”, afirmou Cunha na terça (19).

Em resposta, Renan também disse que "paralisar as ações [da Casa] é muito ruim porque ninguém vai se beneficiar do lockout, do agravamento da crise, do desemprego, do aumento da desesperança".
"Quanto mais o presidente da Câmara tentar inteferir no ritmo de andamento do processo no Senado, sinceramente, ele só vai atrapalhar", respondeu o presidente do Senado.
Dois dias após o plenário da Câmara aprovar a abertura do processo de impeachment por 367 votos favoráveis e 137 contrários, Cunha disse o não ver ambiente político para votar qualquer coisa na Casa. Desafeto do Palácio do Planalto, ele disse que iria colocar os projetos em pauta, mas que o país tinha agora uma "ainda" presidente da República e "ninguém vai reconhecer absolutamente nada para efeito de matérias". 
Renan ponderou que deixar de votar matérias importantes só irá prejudicar o país e lembrou que, enquanto o processo andava na Câmara, o Senado não deixou de realizar votações.
"Por mais que queira, o Senado não pode atropelar prazo, nem deve fazer isso perante a história. Enquanto a Câmara votava autorização do impeachment, o Senado deliberava”, afirmou.
Renan listou propostas que foram votadas pelos senadores, como a lei de responsabilidade das estatais, o pré-sal, o desaparelhamento político dos fundos de pensão. “Eu, sinceramente, não acredito que o lockout ajuda o Brasil. Nós temos que separar as matérias de interesse do Brasil e as matérias de interesse de governos, que são efêmeros”, disse.
O presidente do Senado insistiu que a paralisação de uma das Casas do Legislativo só agravará a crise. "Acho que nesse momento de dificuldade do povo brasileiro, cada Casa pretender (...) interferir na outra Casa, isso é muito ruim, ou paralisar as suas ações é muito ruim porque ninguém vai se beneficiar do lockout, do agravamento da crise, do desemprego, do aumento da desesperança", ressaltou.
Renan defendeu uma tramitação com "responsabilidade" e "muito cuidado". "É um processo longo e traumático, que vai impedir um presidente da República eleito pelo povo. Então, é preciso ter todo o cuidado. Na última vez que o Senado votou o impeachment [do ex-presidente Fernando Collor], ele condenu o presidente por crime de responsabilidade e o Supremo Tribunal Federal, na sequência, o absolveu. Nós temos que ter muita responabildiade com a história", alertou.

Após votar contra impeachment, Wellington Roberto é agraciado com R$ 12 milhões do governo federal

Voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal e presidente estadual do PR, Wellington Roberto (PR), foi agraciado pelo governo federal com liberação de emendas na ordem de R$ 12 milhões, às vésperas da eleição na Câmara Federal que decidiu por aprovar o processo de afastamento da petista do governo.
De acordo com matéria do jornal ‘O Estado de S.Paulo’, as planilhas do governo revelam que a relação das emendas liberadas chegaram ao Ministério da Integração Nacional na última sexta-feira (15) e os empenhos foram feitos na manhã de segunda-feira (19),  um dia após a votação.  Segundo o ‘Estadão’, o dinheiro não saiu apenas nas emendas, mas também de programas que são tocados pelo ministério com recursos extraorçamentários. Neste caso, os parlamentares indicaram para onde o dinheiro deveria ser destinado.
Dias antes da votação, o paraibano disse que acompanharia a decisão do seu partido de rejeitar o pedido de impeachment de Dilma, mas admitiu que poderia rever sua postura até o domingo (17).
Dos doze deputados federais da Paraíba, ele foi um dos três que votaram pela permanência de Dilma no governo.
“Pela democracia, pelo Brasil, pela nossa Paraíba e sabendo que o impeachment não vai resolver os problemas do nosso país  e defendendo novas eleições, eu voto não”, disse no momento.
Wellington Roberto foi destaque na mídia nacional por sua postura em defesa  de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara Federal, que enfrenta um processo de cassação de mandato, e escondeu até o último momento seu posicionamento sobre o impeachment da presidente Dilma .
Dos 40 parlamentares do PR, 26 votaram a favor da saída de Dilma, dez votaram contra, três se abstiveram e uma faltou. O deputado Alfredo Nascimento renunciou a presidência da legenda para votar contra o governo.
Com Blog do Gordinho

Aesa prevê chuva na PB neste feriado


Aesa prevê chuva na PB neste feriado
 Feriado de Tiradentes: Aesa prevê chuva para a faixa litorânea

A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) prevê para esta quinta-feira (21), Feriado de Tiradentes, nebulosidade variável com chuva a qualquer momento para todo o setor leste do Estado, que engloba as regiões do Litoral, Brejo e Agreste.

Para as demais regiões, a quinta-feira deverá ser de nebulosidade variável. No Sertão paraibano, a temperatura máxima deverá chegar aos 33º C e a mínima, aos 23º C.

Confira como deve ficar a temperatura nas outras regiões do Estado:

Litoral - máxima de 30º C e mínima de 23º C

Brejo - máxima de 28º C e mínima de 20º C

Agreste - máxima de 29º C e mínima de 21º C

Cariri-Curimataú - máxima de 32º C e mínima de 21º C




Redação

Petista diz que postura de liderança de RC na PB é orgulho para o presente e exemplo para as futuras gerações


Petista diz que postura de liderança de RC na PB é orgulho para o presente e exemplo para as futuras gerações
Tido como uma liderança regional no Nordeste do país, a postura adotada pelo governador Ricardo Coutinho, do PSB, que se coloca publicamente contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é motivo de orgulho para a Paraíba e também um exemplo de conduta para as futuras gerações.

A análise é do deputado estadual Anísio Maia (PT/PB), que se disse emocionado com as últimas palavras do socialista, em discurso pós pedido de admissibilidade do impeachment, aprovado pela Câmara dos Deputados no último domingo, 17.

Anísio lembrou que, em outros tempos, à época do golpe militar de 64, a Paraíba tinha um governador que não tinha postura, inclusive capaz de adotar uma postura dúbia, apenas para apoiar o lado vencedor.

“Eu vou expressar o que eu senti, eu fiquei emocionado com o discurso do governador Ricardo Coutinho. Nós nos orgulhamos de a Paraíba está sendo representada dessa forma, porque nós tínhamos antes um governador que diante do golpe do estado militar tinha dois telegramas, uma apoiando os militares, e outra o presidente Joao Goulart; E agora nós temos um governador que tem posição, posição forte, um governador que tem liderança a nível regional e isso é muito bom para Paraíba, é uma lição para as novas gerações. Apesar da politica ter tanta pessoas que a fazem como comércio, utilizam o instrumento da traição como uma atitude rotineira, tem pessoas que tem outras condutas. Isso é para Juventude aprender que a gente não pode ficar só do lado mais forte, a gente tem que ter uma opinião, independente do lado que esteja fulano A ou B. Eu sinto orgulho de ter um governador com uma atitude dessas, na verdade os paraibanos tem que ter também, por isso fiz a menção de aplauso a ele na ALPB”, destacou.

O discurso do governador que sensibilizou o petista está logo abaixo:

“Tentam surrupiar o poder como se a democracia fosse algo completamente descartável. Democracia não é descartável, e nem pode ser. As regras são perenes, estão aí para serem cumpridas. Não se pode promover, ou simplesmente, em função de nada, em função de um crime que não existe se interromper um ciclo democrático dentro desse país. Quem assim procede pagará, sem dúvida, muito caro, como pagará caro a própria sociedade, como pagará mais caro ainda aqueles setores anteriormente excluídos, e que nunca eram vistos em nenhum politica publica”. Disse

E continuou: “Eu tenho a necessidade e a obrigação de, enquanto governador, estar compartilhando isso. A Paraíba não tem um governador covarde, A Paraíba tem um governador que sabe o quanto é fundamental, num momento de crise, levantar a voz em nome da população e até em nome daqueles que não conseguem perceber a ameaça da democracia, que acham que um espetáculo daquele de pessoas absolutamente despreparadas e desqualificadas, que só pensam no seu, na sua vida e acham que fazer politica vale qualquer coisa para alcançar o poder. É preciso que a sociedade e a juventude observe os caminhos que estão traçados para o povo brasileiro”.

E finalizou: Leonardo Bope, recentemente há 15 dias, expressou numa palestra algo que eu gostaria de repetir - Há se os pobres desse país soubessem o que estão preparando para eles, as ruas seriam pequenas para a multidão que iria combater o impeachment”.




PB Agora

H1N1: Arquidiocese da PB restringe contato físico entre fiéis durante a realização de missas


H1N1: Arquidiocese da PB restringe contato físico entre fiéis durante a realização de missas
A Arquidiocese da Paraíba divulgou comunicado nesta quarta-feira (20) a padres e fiéis do estado com o objetivo de que todos adotem precauções para evitar a propagação do vírus H1N1.

O Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto afirma que após realização de reunião com o Conselho Presbiterial resolveu adotar algumas recomendações para evitar a propagação do vírus.

Leia o comunicado na íntegra:

Recomendação oficial por causa da gripe H1N1 A todos os padres e fiéis da Arquidiocese da Paraíba

O Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, após reunião com o Conselho Presbiteral na manhã desta quarta-feira, dia 20, no Palácio do Bispo, decidiu fazer recomendações a todo o Clero da Arquidiocese da Paraíba e aos fiéis, que podem ser seguidas durante as celebrações nas igrejas e capelas. O objetivo é evitar a proliferação do vírus H1N1.

Recomenda-se:

1) Os fiéis evitem dar as mãos durante a Oração do Pai Nosso; 2) Os fiéis evitem dar as mãos no momento da Paz; 3) Os padres entreguem a Hóstia Consagrada nas mãos dos fiéis.

Observação importante: essas recomendações são temporárias. Devem ser seguidas enquanto houver registro de muitos casos da gripe H1N1. Lembrando que tais recomendações já tinham sido feitas em julho de 2009, quando a gripe fez várias vítimas no País.


PB Agora

terça-feira, 19 de abril de 2016

Comissão do impeachment deve ser eleita na próxima terça, diz Renan

Resultado da votação na Câmara será lido na sessão desta terça do Senado.
Em seguida, partidos terão 48 horas para indicar nomes para comissão.

Fernanda Calgaro e Gustavo GarciaDo G1, em Brasília
Sob crítica da oposição e com o apoio do PT, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta terça-feira (19) que a comissão especial que vai analisar na Casa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deverá ser eleita na próxima terça-feira (26).
Com a leitura do resultado da votação na Câmara dos Deputados, prevista para a tarde desta terça (19), será aberto prazo de 48 horas, estabelecido por Renan Calheiros, para que os líderes dos blocos partidários (e não dos partidos; leia mais ao final desta reportagem) indiquem os nomes dos senadores que vão integrar a comissão.
A oposição protestou contra o prazo de 48 horas porque pretendia que a comissão fosse instalada ainda nesta terça (19). Renan explicou que, em tese, se todos os nomes fossem indicados ainda na tarde desta terça, a comissão poderia ser criada no mesmo dia.
No entanto, durante a reunião pela manhã, vários líderes deixaram claro, segundo Renan, que não pretendem fazer isso, entre os quais o do PT. "Nossa intenção é indicar os membros até o último momento possível”, disse Paulo Rocha, líder do PT.
Passadas 48 horas, se não houver todas as indicações, o presidente do Senado disse que ele próprio nomeará os integrantes.
"Muitos deixaram claro que o seu propósito é delongar o processo", afirmou Renan Calheiros.
Com isso, ele calcula que a criação da comissão ficará só para a próxima terça.
"A expectativa é que, na próxima terça-feira, vamos eleger a comissão especial, que é quem ditará o ritmo da instrução processual", disse o presidente do Senado.
Questionado se haveria a possibilidade de convocar sessão para fazer a eleição do colegiado já na sexta ou na segunda-feira, Renan disse que é praxe no Senado sessões às terças, quartas e quintas.
"Se convocar para sábado, haverá quem fale mal. Se convocar para domingo, haverá quem fale mal, e na segunda, igual", justificou.
Assim que a comissão estiver eleita e, portanto, criada, será marcada a primeira reunião, que poderá ser no mesmo dia. Nessa primeira reunião, haverá a eleição para presidente e relator, configurando assim a instalação oficial da comissão.
Oposição questiona demora
Senadores da oposição pressionaram para que a instalação da comissão ocorresse já nesta terça-feira (19), mas o bloco formado por PT e PDT se recusou a indicar seus integrantes para o colegiado.
"O PT se recusa a indicar, quer prazo de 48 horas, o que já demonstra tentativa de retardar a comissão. Mais uma vez o PT faz um desserviço ao pais. Essa medida de procrastinação é mais uma demonstração de que eles só se preocupam com o poder", afirmou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), afirmou que a oposição vai trabalhar para convencer Renan Calheiros a convocar sessão extraordinária na sexta (22) para eleger os membros da comissão especial. 
Ele disse que a oposição “não aceita” que o colegiado só seja eleito na próxima terça (26). A intenção de Agripino é que a eleição dos membros ocorra na sexta (22) e que a comissão comece os trabalhos na próxima segunda (25).
“Somos contra isso. Vamos para o plenário fazer apelo para que o Senado trabalhe esta semana, tenha sessão na sexta-feira. Não concordamos com esse prazo. Vamos pedir para que o Senado funcione no feriado. Acho que é importante que a próxima segunda comece com essa comissão definida e eleita. Amanheça eleita e em condições de trabalhar”, disse Agripino ao G1.
O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), disse que a intenção do partido não é “procrastinar” a criação da comissão que analisará o impeachment.
“Aqui ninguém quer procrastinar. A oposição é que quer atropelar o processo. Nossa intenção é indicar os membros até o último momento possível”, disse Paulo Rocha.
O líder do PMDB, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que não vê problema em marcar a instalação para a próxima terça, ainda que oposicionistas tenham defendido que o início dos trabalhos fosse já esta semana.
Para ele, o processo de impeachment deve ser conduzido com “cautela” no Senado, para evitar questionamentos na Justiça.
“É um processo de afastamento e cassação de um presidente da República. A Câmara demorou alguns meses para votar e nem era a câmara judicante [que julga o mérito]. Você tem que dar direito de defesa. Não podemos permitir que o processo seja judicializado. Não podemos atropelar”, afirmou.
Indicação por blocos
Havia uma dúvida com relação à indicação dos 21 integrantes titulares da comissão, se seriam indicados por líderes dos partidos ou dos blocos partidários. 
Na reunião desta terça, no entanto, ficou decidido que indicação será feita pelos seis blocos partidários, respeitando o tamanho desses blocos, ou seja, quanto maior o número de senadores em um bloco mais indicações esse bloco poderá fazer.
A indicação pelos partidos foi descartada na reunião em razão do elevado número de legendas com representação no Senado (17), o que dificultaria respeitar a regra da proporcionalidade prevista para a composição de comissões.
O maior bloco é formado apenas pelo PMDB, que possui 18 senadores. De acordo com a proporcionalidade, o partido poderá indicar cinco membros para a composição da chapa.
O bloco da oposição, formado por DEM, PSDB e PV, conta com 16 senadores e terá direito a quatro integrantes na comissão.
O bloco de apoio ao governo, integrado por 14 senadores de PT e PDT, também tem direito a indicar quatro nomes para a comissão.
Os demais três blocos parlamentares existentes no Senado têm dez senadores cada. Ainda não está definido quantos integrantes da comissão cada um desses blocos poderá indicar. No entanto, não poderá ser excedido a quantidade de três membros para cada.